A receita da eterna vida a mim veio
Em minhas aspirações de uma jornada em pico
Esfacelei-me, conquistei falso veio...
E o meu ouro, vil metal plúmbeo...
Senti traída minha tríade
Quando parti para viver numa plêiade
Montanhas almagras à minha frente atropelei
Eu autor de minha novela...
Lá lavrei meu sepulcro
Embuti-me num mundo em alturas
Conquistei castelos e postei-me ao trono
Eu rei pejorativo de um reino plenipotente
Usurpei minha alma, nada compassivo...
A noite cristalizada velou minha imagem ...
O plenilúnio resgatar quis as promissórias...
As estrelas fotografaram-se em meus amores...
Em suas lágrimas vi a desilusão de Vika...
Neste momento em remorso - dó mundo- senti todas as dores...
Ó, meu espírito que um dia fora santo...
Blasfemei-te na hora da colheita...
Emudeci-te amordaçado ao canto...
Não percebi minha vida jáz ceifada!
Tarde foi quando me descobri...
Já enfermo deixei o efêmero como legado...
Mesmo agraciado com cantigas de um colibri...
Minha epístola serviu apenas como epitáfio...
Passei não vi minha parceira, não ouvi o epitalâmio...
Gritos, de meu peito arranquei...
Meu “EU” místico invoquei...
Livrai-me desta senda satânica...
Libertai-me desta grandeza bubônica!
“Desconjurei o eu físico...agora sei... tornei-me homem...”
__Estou livre.
Sampa
Nestas noites embriagado.